O Lírio-do-vale é uma flor que simboliza a felicidade, e a festa da primavera. Por sua delicadeza, é admirada pelas delicadas e pequenas flores brancas sustentadas por um caule. Os monges de um monastério na Itália cultivavam esta flor para enfeitar o altar da igreja, eles a chamavam de escada-para-o-céu por causa da forma que as flores crescem como degraus subindo pelo caule.

Antigamente as mulheres usavam os perfumes florais como um aliado para realçar a feminilidade, nada melhor de que um perfume delicado e luminoso. Como é o caso de Dioríssimo de Dior que combinava com a mulher dos anos cinquenta. Aliás era a flor predileta do estilista, em um da seus desfiles todas as modelos entraram na passarela com um pequeno bouquet de Lírio-do-vale. No seu enterro o caixão estava coberto com esta flor.

Por sua complexidade, as flores exigem métodos mais sofisticados para extração dos óleos essenciais. As notas florais sempre estiveram nas composições dos perfumes masculinos, porém há algumas décadas as mulheres se apoderaram das notas de flores com composições marcantes fazendo com que as notas florais se tornassem associadas a elas.

Até a primeira guerra mundial, os perfumes femininos eram predominantemente feitos com uma única flor, chamados de soliflor. Mas em 1913 a casa Houbigant decidiu revolucionar apresentando uma composição com várias flores como a rosa, cravo violeta, íris, lírio-do-vale, flor de laranjeira, jasmim tuberosa e ylang-ylang, Quelques Fleurs foi o primeiro bouquet floral permitindo que outros perfumistas explorassem esta nova possibilidade de combinações.