Mirra (Commiphora myrrha)
Desde as civilizações da antiguidade, a mirra (Commiphora myrrha) tem sido usada para diversas finalidades. Originária da Somália, Etiópia, e em regiões do Oriente médio, Índia e Tailândia, esta árvore espinhosa com flores vermelhas, cresce nas matas, e precisa de muita luz do sol para se desenvolver. A resina por ela produzida, é retirada através de cortes feitos no caule, que depois de seca solidifica em pequenos grânulos de coloração avermelhada.
No Egito era utilizada nos rituais de culto ao Deus Sol em forma de incenso para perfumar o ambiente, e no processo de mumificação por suas propriedades antissépticas, bactericida e fungicida. Retardava o processo de decomposição do corpo. Até o século XV, foi utilizada em cremações e funerais e para unção dos reis de Israel.
Muito valorizada na antiguidade, um dos três presentes que o menino Jesus recebeu no seu nascimento foi a mirra. Na bíblia, em algumas passagens da morte de Jesus, consta que durante a crucificação foi oferecido para Ele, uma mistura de vinho e mirra para minimizar o sofrimento.
O corpo de Jesus foi preparado também para o sepultamento com mirra. Para se ter uma ideia do alto custo deste componente, nas escrituras consta que Nicodemos pagou quase cem libras por cerca de trinta e cinco quilos de mirra.
De aroma terroso, balsâmico e resinoso, possui notas doces e amargas, a mirra esta presente em perfumes intensos que transmitem sensualidade.
Alguns perfumes que contém Mirra: Opium de YSL, Poison de Dior, Euphoria intense for man de Calvin Kleine, Pure XS de Rabanne e Jasmim noir l`essence de Bulgari